quinta-feira, 28 de agosto de 2008

De volta as chuvas. De volta às pistas!




Só para lembrar: pesquisa conclui que correr atrasa o envelhecimento! Leia aqui . Será o segredo da avó do Chapeuzinho Vermelho?


Quarenta e poucos dias sem chover. São Paulo quase tão poluída como Pequim. Um calor fora de época. As roupas de inverno nem esquentaram nas vitrines, já em liquidações. As paulistanas tristes por não poderem exibir suas novas aquisições, aquela bota deslumbrante, a nova pashimira, as malhas de Campos ou de Lindóia, etc.


O ar carregado de pó, fuligem. Pulmões pretos. As gargantas irritadas, os olhos secos, vermelhos, haja colírio. Venta, nubla, a chuva ameaça, mas não cai. Os automóveis na cor "burro quando foge", nem adianta lavar. O brilho não dura dois quarteirões.


Domingo, três e pouco da madrugada. Acordo com barulho de carro passando por chão molhado. Estourou o cano da Sabesp outra vez? Chove? Levanto, vou até a janela: é chuva!!! Chuva forte, grossa! O milagre foi realizado!


Tento dormir mais um pouco, acordo por volta das quatro e tanto. É a velha rotina de sono quando tenho uma hora fatal para acordar: fico despertando de hora em hora! Mas é tão gostoso dormir com barulhinho de chuva, que consigo adormecer outra vez.


O relógio toca enfim. A chuva apertou. Como correr em São Bernardo assim? Vai molhar até a cueca! Já tinha deixado a roupa pronta para vestir e sair. Tenho que procurar outra muda – do boné ao tênis – para trocar depois da corrida, não posso enlamear o carro.


A minha mulher acorda com a movimentação no quarto, pergunta se o barulho é de chuva, confirmo e ela indaga se vou correr assim mesmo. Confirmo novamente, é cedo, a chuva pode parar, e é em outra cidade, lá pode não estar chovendo. Escuto barulho no quarto ao lado, o santinho deve ter acabado de chegar da balada.


Quando saio à rua ainda é noite, chove forte e venta. Quase desisto. Não, vamos embora, nem que seja para passear de carro pelas ruas desertas e pegar a camiseta da prova. Será que irão aparecer outros corredores?


A Anchieta, ao contrário das outras ruas desertas por onde passo, está cheia de caminhões e carros. Pego a via marginal, passo pela Bombril, entro no retorno do KM 16, Avenida Lions, passo por baixo do Caminho do Mar em Rudge Ramos, uma transição parecida com aquela no fim da Paulista, só que com barras horizontais ao invés de círculos. Reconheço os arredores da maternidade onde o hoje baladeiro notívago fixou um testículo no lugar certo, com lindo laçarote, nos tempos em que só pensava em mamadeiras, He-Man, She-Ra e Caverna do Dragão.


Entro na Senador Vergueiro, um pouco mais movimentada, dirijo até uma pracinha e fico estarrecido: cavaletes, placas, guardas e "marronzinhos" tentam organizar a enorme fila dos carros dos corredores para chegar no estacionamento do ginásio de esportes. Fico emocionado, a voz embargada, olhos lagrimejam, este é o meu povo: mesmo com frio, chuva e noite, não se deixam abater e comparecem! Para correrem 21 quilômetros na chuva, subindo e descendo ladeiras. E para não ganhar nada: ao contrário, pagam para correr. É lindo, não? O corredor de rua, antes de tudo, é um forte!


6:38 e o estacionamento do ginásio já lotou. Abrem outro em frente, não pára de chegar corredores. Estaciono. A chuva não cessa. Tenho que pegar o kit com o número de peito e o chip do pé para contar tempo. A chuva está forte, fecho o agasalho e ajusto o boné. Atravesso a rua correndo, torcendo para não escorregar e torcer o pé. O ginásio está cheio de corredores, muitos se alongando, outros trocando de roupa, filas enormes nos banheiros.


A entrega dos kits está ocorrendo na quadra lá embaixo. Desço as arquibancadas com cuidado, os tênis estão molhados, mas não adianta: escorrego e caio sentado, deslizando pelos degraus, como se fizesse um "ski-bumbum". Quando consigo parar, vêm me perguntar se estou bem. Digo que sim, mas que agora não vai dar para chegar em primeiro lugar. Sorriem. Nada como ter um bom humor às seis e cinqüenta e cinco da manhã de um domingo frio e chuvoso!


Volto para o carro, não vou fazer hora no ginásio cheio de homens suados. Fico escutando a Kiss FM, só rock. Sete e pouquinho, passo para a Eldorado AM atrás de notícias. Escuto uma entrevista – programa "São Paulo de todos os tempos" – com Eduardo Gudin, músico excepcional, marido da Vânia Bastos, excelente cantora. Ele e o entrevistador rememoram o Bar do Alemão, casa com quarenta anos de atividade, onde cantaram muitos músicos famosos. A capa do primeiro disco dele era a foto da fachada do restaurante. Ele explica que nunca pensou em ser dono de bar ou restaurante, mas como soube que a casa estava para falir, resolveu comprá-la junto com amigos para mantê-la funcionando. Fiquei com vontade de ir visitar o restaurante – av. Antártica, 554 – quem se habilita?


Sete e meia. Hora de alongar e aquecer. Muito alongamento e aquecimento para contrabalançar com o frio e a chuva. Sem coragem de sair do carro: chove forte. Mas que fazer? Como diria o filósofo Vicente Mateus, quem sai na chuva é para se queimar. Filósofo e adivinho: quando agradeceu à Antártica as Brahmas enviadas para comemoração de uma vitória, ele não estava trocando as bolas, mas antecipando a futura Ambev.


Enfim consigo sair do automóvel. A chuva escorre pelo meu boné, a camiseta já está encharcada, o tênis quase. Os banheiros do ginásio continuam lotados. Opto pelos sanitários portáteis alinhados perto da saída. Um nojo todos eles. Eu não sei se eles já vem imundos de outros lugares ou se são os corredores que lotam aquilo de m......!!!


Todos ignoram a chuva, ou quase todos, pois alguns se escondem nas barracas dos preparadores físicos. E se alongam, se aquecem, e saltam. A chuva pára milagrosamente. Bom sinal?


É hora de planejar a corrida. Qual o ritmo que vou fazer? Como fiquei muito tempo parado depois da cirurgia, treinando pouco, imagino conseguir correr por volta de uma hora e meia, uns 15 quilômetros, e depois vou andando o restante, aproximadamente uma hora, completando em duas horas e meia, duas e quarenta.


Posiciona-me no fundão do grupo de corredores: gosto de largar lá de trás, prefiro passar os corredores lerdos a ser atropelado pelos apressadinhos. Reparo nos meus companheiros próximos, procuro decorar seus números de peito, para conferir depois como se saíram. Um "coroa" acompanhado pelo seu treinador chama a minha atenção. Usar a expressão "coroa", hoje em dia, já me coloca na mesma faixa que ele, mas tento pensar que o cara é bem mais velho do que eu, um jovem senhor.


Do lado dele está um corredor mais ou menos da minha idade, camisa laranja. Quem chegará primeiro: eu ou ele? Adiante, dois rapazes, na faixa dos trinta e pouco, vestidos de preto: camisa, bermuda e tênis. Estão agourando alguém? Melhor reparar nas duas moças, aparentando menos de trinta. Uma delas usa uma calça bordô agarradíssima, com camiseta branca, o que destaca mais ainda a sua "poupança", digamos assim. Os "coroas" ficam assanhados, alguns até encolhem a barriga e estufam o peito ao passarem por elas. E elas? Nem aí para a turma, o máximo que fazem é trocar olhares com os dois jovens urubus. Uma "japonesa" toda de preto também. Ela e seu instrutor. Será que o tempo feio induziu os corredores a colocarem luto?


Por falar em tempo feio, a chuva recomeça. Oito horas e nada de largada. A turba urra, apupa, bate palmas, saltita. "Pow", é dada a largada! Saída, mas só lá na frente, a turma do fundão tem que esperar longos minutos para se movimentar. E tome chuva. Enfim, chega a nossa vez de andar, correr mesmo só depois do arco de saída, dando tchauzinho para a televisão.


Saem juntos com a gente os participantes da corrida de cinco quilômetros, povo animado, falador e brincalhão – em duas corridas passadas o pai da Catarina estava comigo neste trecho. É muita gente junta, mal dá para correr. E ainda temos de desviar das poças d'águas, dos buracos e dos tachões. Mas no início é só alegria. Logo os corredores do pelotão de elite passam por nós, já voltando pelo outro lado da rua. Os lerdos como eu incentivam os atletas, dá gosto ver a velocidade deles. Mais para frente aparece a primeira corredora da elite, que ganha palmas. KM 3: há a separação dos corredores dos cinco quilômetros, ficando só o grupo da meia maratona. Agora o silêncio impera: temos mais 18 quilômetros pela frente, não dá para ficar conversando, gastando saliva.


Sair junto com o pessoal que vai correr pouco é problemático, pois eles aceleram a corrida, atropelam e a gente fica sem noção da nossa velocidade. Conclusão: logo depois da separação dos dois grupos, sou acometido por uma forte dor na lateral do abdome, conhecida como "dor de veado" (o animal, e não você, viu?). Estou tranqüilo, a experiência mostra que é só respirar mais que a dor passa. Dito e feito, umas boas respiradas e no centro da cidade já estou ótimo.


Correr é um troço meio maçante. Eu sempre digo que você corre primeiro com a cabeça, depois com o pulmão e o coração, e só depois entram as pernas. Se você se desconcentrar, pára na hora. Para me distrair fico observando os outros corredores – cada figura! – a paisagem local e pensando no "Arrufos Metropolitanos", meu folhetim publicado na Internet, imaginando o que acontecerá com Adriana e Pedro Paulo. Já não estou correndo só, os dois estão ali comigo. Pena que eles não são muito chegados a um esforço físico. Eu poderia descrever uma corrida deles. Mas eles só "andam" de Metrô!


As meninas e os urubus-malandros estão um pouco à frente de mim, procuro não me afastar muito deles, pois seu ritmo é compatível com o pedaço da prova que pretendo correr. Os dois "coroas" estão pouco atrás de mim, devem seguir meu ritmo. A japonesa disparou, já está fora de foco. Passamos pela região do terminal de ônibus, o caos instalado: milhares de ônibus, vans, micro-ônibus, etc. esperando nós, os galantes corredores, passarem. Quem tinha hora para chegar, dançou!


Logo depois quem dança sou eu: dor forte no ombro esquerdo. Também sem problemas, basta soltar os braços, relaxar a musculatura, movimentar melhor os braços que a dor vai embora. Fui!


Mais para frente, numa rua apertada, passamos pelo comitê do candidato do PT a prefeito. Lulla esteve lá ontem. Estão todos ouriçados, sacudindo as bandeiras vermelhas. Será que ele trouxe dinheiro "não contabilizado" para pagar tanta animação?Ou foram promessas de carguinhos no Ministério da pesca e outros mais que vêm por aí?


Chegamos na primeira ladeira. Subida do apartamento do Lulla, as viaturas na porta mostram que o homem está dormindo. Sem ter certeza da minha condição física, forço-me a caminhar para poupar energias. Aproveito para merendar, sabor frutas tropicais. Aqueles que deixei para trás começam a me passar. Perco de vista as meninas e os urubus. "Não tem nada não, vai ter troco, me aguardem!". Os dois "coroas" passam, nem ligo. Quando estou quase chegando no topo da ladeira, uma velhinha me passa correndo. "Que que é isso, companheiro??" Esqueço a estratégia e saio correndo atrás da vó do Chapeuzinho Vermelho tal como o Lobo Mau. "Uma senhora baixinha, seca, com lenço de crochê na cabeça me passando? Nem morto!"


Aproveito que chegou a descida, deixo o corpo solto. Todos disparam, menos a velhinha. Devagar se vai ao longe, deve ser seu lema. Curva longa à direita, alguns corredores pegam a sua tangente. Será que eles pensam que estão na Fórmula Um? Será que eles estão usando tênis para pista molhada? E se parar a chuva, vão fazer "pit stop"?


A curva contorna uma imensa loja de materiais de construção. Um grande cartaz informa que ali tem o "Pronto Socorro da Construção", com entrega em noventa minutos. Quem já fez reforma em casa sabe como é útil esse serviço, os pedreiros, pintores, etc. sempre dizem que está faltando algum material e saem para comprar, parando o serviço, para desespero do morador.


KM 10, estamos quase chegando na Anchieta. É gostoso participar de uma corrida que você já fez em outro ano. É um rememorar de ruas, prédios, paisagens, cheiros, personagens. Aqui mesmo nessa avenida me lembro de dois fatos: um corredor atropelado por um ciclista, que quase foi linchado. Os óculos do corredor voaram longe e ele ficou desesperado à sua procura. O ciclista teve que ajudar a procurá-los. Um outro corredor tropeçou num tachão que divide as pistas, rodopiou e caiu de costas no chão. Doeu até em mim! (Numa corrida na USP ocorreu o mesmo com outro corredor, os tachões são um perigo).


Agora na Anchieta vejo o local do poste onde tive que parar para tirar água do joelho há dois anos. Eu e uma centena de corredores. Parecia um bando de cães marcando seus territórios. Hoje não tem ninguém, talvez seja o frio, a chuva, que reduziu o consumo de líquidos.


Depois da Anchieta, uma curva em descida à direita, o tapete para leitura do chip de pé – evitando que alguém pegue um atalho – e a marcação do meio da corrida. Até aqui tudo bem, estou no tempo previsto e tudo funciona a contento: pés, coxas, braços, pulmões, coração e, principalmente, a cabeça. Passamos sob o viaduto da Anchieta, e entramos num trecho plano onde costumam entregar frutas e água, preparando a gente para uma longa subida. Um carro que saía do motel ficou preso na calçada por causa da corrida. Dentro dele dois homens. As piadinhas dos corredores, ditas em altos brados, são inevitáveis.


"Frutas a 200 metros" informa uma placa dos organizadores da corrida. Cem, cento e cinqüenta, duzentos, trezentos metros e nada. Os únicos vestígios: cascas de bananas pelo chão. Desrespeito com os mais lerdos! Que ainda têm que evitar escorregar no lixo dos apressadinhos!


Encaro a longa subida já invocado. Aproveito para tomar mais carboidrato, agora sabor "cassis". A rua parece um tobogã: sobe-se o quarteirão, com trecho plano nos cruzamentos, nova subida, outro cruzamento plano, etc., o que engana um pouco os corredores. A via está estreita, cheia de tachões assassinos, os corredores quase se tocam, os mais rápidos querendo atropelar os mais lentos, um esbarrão pode ser fatal. Não deixo ninguém passar, sem banana não tem conversa!


Chegamos no topo, dois guardas barrigudos controlam o cruzamento. Eles riem muito, alguma brincadeira que estão fazendo pelos rádios de comunicação. Precisam se divertir, deve ser maçante ficar na chuva pajeando corredores. Pelas panças, foram eles que acabaram com as bananas!


KM 13, número do PT, argh, mas aqui esse número é um bom sinal, logo depois da curva surge uma larga avenida, sem tachões, nela cabem todos os corredores sem se tocarem. Corremos ao lado de um córrego com margens em talude gramado e mudas de coqueiro. Trecho quase plano, corro leve e solto, solto as pernas, recupero tempo, vou passando de passagem pelos corredores lerdos, inclusive os dois urubus, os "coroas" e o treinador. Faltam as meninas. Lembro-me do Toninho, que correu comigo no ano passado. Um azougue, diria minha vó. Nesse trecho mandamos ver, mas acho que ele puxou muito e eu, na tentativa de acompanhá-lo, cansei antes da hora. Hoje não, estou bem, a economia que fiz na ladeira do Lulla está rendendo agora. Consigo vislumbrar, lá ao longe, a calça bordô. Pouco a pouco vou aproximando-me dela.


São quase quatro quilômetros confortáveis. No meio, uma dor no joelho direito, aquela de sempre. Solução: ignorá-la. Logo os ossos se encaixam e a dor toma doril. Uma pequena curva e vai começar a subida da Piraporinha até o viaduto por cima da Anchieta. Já ultrapassei a minha meta inicial. Estou bem, mas ainda tem chão pela frente. Será que vou agüentar? Mal sinal: o sol aparece!!


Preventivamente forço-me novamente a andar (isso é estratégia ou preguiça?), subo a ladeira chupando uma laranja oferecida pela organização da prova. Sem placas, para não criar falsas expectativas. Foi nessa ladeira que o Toninho me deixou para trás e partiu lépido.


Com minha caminhada, perco de vista a calça bordô. Na ladeira encontro a japonesa parada, teve câimbras, o instrutor está tentando contornar a situação com alongamentos. Distraio-me e passa por mim os dois senhores, puxados pelo treinador. Assim não é possível, na próxima corrida tenho que arranjar um personal trainer!


KM 18 afinal. Topo da ladeira. Olho para trás, reconheço lá no pé da subida o lenço de crochê da avó do Chapeuzinho Vermelho. Não há Lobo Mau que agüente essa velhinha!


Faltam três quilômetros e alguns metros. Faço uma rápida avaliação física, vai dar para chegar. Olho a Anchieta de cima do viaduto, ponho a máquina de devorar quilômetros em ação e vou embora, deixando os dois senhores e seu treinador para trás. Uma descida, uma pequena subida, curva, o KM 19 já está aí, outra descida e entro na reta final. Estou superbem, vejo lá no fundo o arco de chegada, estimo mentalmente a distância, vou abrindo o passo e passando por um, dois, e lá vamos, KM 20, estou chegando, vejo o arco bem próximo, só então percebo que ele está do outro lado da rua, tenho que passar por ele, ir até o final da rua e voltar pelo outro lado. Não!!!


Isso quebra a concentração, são algumas centenas de metros a mais, não contabilizados, o rendimento cai, dói a coxa direita, uns passam por mim, inclusive a japonesa e seu treinador, mas consigo chegar na pracinha, aquela da fila de carros, contorno e entro na reta de chegada, agora vai, ainda passo por uns três, concluo em fabulosos (para mim) 2:08, quem diria que eu tinha previa 2:30 ou um pouco mais! Penso que se não andasse na subida do viaduto, poderia reduzir o tempo. Ou não, poderia ter quebrado, acabar andando. Quem saberá? A japa chegou segundos na minha frente, mas quase caiu depois da chegada: câimbras!


Boemia, aqui me tens de regresso! Agora, Meia da Praia Grande no fim do mês, Meia do Rio em Outubro e a Maratona de Curitiba em novembro, com o prefeito de lá já reeleito – Beto Richa!


A chuva recomeçou, está frio, os corredores vão chegando, pegam suas medalhas e se dirigem rápido ou para o ginásio ou para seus veículos. Um candidato a vereador se esgoela para uma rua vazia. Quem está pagando o carro de som? Mais recursos não contabilizados?


Trocando-me no carro, com o cuidado necessário para evitar um "violento atentado ao pudor", recordo as duas últimas corridas ali em São Bernardo. Há dois anos corri com o Sérgio, estava calor, depois da corrida fomos comemorar num bar da avenida, vendo os retardatários chegarem. O último corredor foi um espetáculo só: os veículos dos bombeiros, da CET local e as ambulâncias, todos com as sirenes ligadas, atrás deles os automóveis de passeio buzinando, e o corredor nem aí, caminhando como se estivesse à beira-mar, tranquilão tomando seu solzinho de meio dia. Caberia indenização por danos morais!


No ano passado prometemos ao Antonio Carlos a mesma comemoração: cerveja, churrasco e a passeata do último corredor. Entretanto, fazia tanto frio e chuva que não tivemos coragem: que morresse afogado o retardatário!!!!


(ps: no recesso do lar verifiquei que a calça bordô é uma gazela: 2:06! Os "coroas" chegaram juntos: 2:11. Os urubus morreram em 2:20. A velhinha? O Lobo Mau comeu!!)


JOSÉ FRID

Mais corridas? Leia aqui, ali e

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